quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Criança morre ao ser atingida por bala perdida no Promorar

Menino de apenas seis anos levou um tiro no peito, foi socorrido, mas não resistiu. Um dos acusados foi preso.

Uma criança de apenas 6 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. O crime aconteceu na noite desta terça-feira (18), por volta das 22 horas.


O Instituto Médico Legal (IML) confirmou a morte do menino, identificado como Philipe Hatus de Lima Guerra. Ele levou um tiro no peito, chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento.





Segundo o coronel Alberto Menezes, comandante de Policiamento da Capital, dois homens armados foram à casa de um desafeto na Vila Carolina, no bairro Promorar e dispararam dois tiros, um deles atingiu Philipe.


"Era um maior e um adolescente de 15 anos que já é acusado de matar outro desafeto no mês de novembro. Eles chegaram na casa desse desafeto e dispararam os tiros, mas não acertaram nele e sim numa criança, que foi socorrida, mas morreu", explicou o coronel.


O comandante afirmou que conseguiram prendê-los momentos depois e a vítima da tentativa os reconheceram. Eles foram identificados como J. A. dos S. C., de 15 anos e Francisco das Chagas Machado Sobrinho e estão na Central de Flagrantes.


"Estão me confundindo"


O Cidadeverde.com falou com o jovem de 18 anos, identificado como Junior, que seria o alvo dos criminosos. O jovem disse que já sofreu outro atentado e que está sendo procurado, por engano, por membros de gangue da Vila Nova, também no Promorar.


A mãe do rapaz explica que há outro adolescente parecido com seu filho, também de nome Junior, que faz parte de outra gangue e por conta da semelhança e da coincidência do nome, eles querem pegar seus filhos. “Não sei o que fazer, tenho que sair daqui para poder salvar meu filho, pois não quero vê-lo dentro de um caixão, mas não tenho para onde ir porque não tenho parentes em outro lugar. ”, descreve a senhora bastante nervosa, que não quis se identificar.


Junior conta que no momento do atentado estava com a mulher do patrão e os dois filhos do casal em frente a residência deles, esperando uma pizza. “Eu vi um maior e um menor passarem de moto e voltarem três minutos e já apontando a arma para mim. Só deu tempo de eu pegar o mais velho e me esconder dentro da casa do vizinho. Depois dos tiros vi que tinham acertado o mais novo. Eles estão me confundindo, porque o outro que eles querem pegar se parece comigo e também tem um nome de Junior”, declarou o rapaz.


Velório do garoto


Philipe Guerra é filho de um borracheiro que também é pastor evangélico e o velório acontece na igreja deles no bairro Lourival Parente, também na zona Sul de Teresina.


A avó da criança, a empresária, Crizantina Lima Barbosa, falou ao Cidadeverde.com da dor da família e revolta da certeza da impunidade. “Eles tinham voltado do colégio e pediram para mãe dele comprar uma pizza. Quando eles foram esperar, ela pediu para o funcionário ficar com eles na porta, por causa da insegurança, foi quando dois homens passaram de moto e atiraram para trás. Eles conseguiram salvar o maiorzinho e quando minha filha procurou pelo Philipe, ele estava caído no chão, ela pediu ajuda a um motoqueiro que levou ela até o hospital. As últimas palavras que ele falou foi: mamãe guarda minha pizza, que eu te amo”, declarou a senhora emocionada.


O velório do garoto acontece na Igreja da Assembleia de Deus, no bairro Lourival Parente, zona Sul. É a primeira vez que aconteceu esse caso na família. “Nós somos uma família de evangélicos e vivemos para trabalhar. Não devia haver justiça para proteger bandidos, eles não têm misericórdia de ninguém, é preciso mudar a lei e proteger melhor os pais e mães de família”, destaca a empresária.



fonte: cidadeverde.com/fotos:Carlos Lustosa e Jordana Cury
Redação Caroline Oliveira

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